Centrão de autoescolas: já ouviu falar?  O centro de ensino teórico é um modelo de negócio que vem ganhando espaço no Brasil por oferecer vantagens tanto para alunos, quanto para empresários do setor de autoescolas. A solução tem sido encarada como uma opção vantajosa para reduzir custos operacionais e melhorar os serviços prestados pelos CFC’s. Esta é a mesma proposta das cooperativas de autoescolas, que vêm surgindo em vários estados. Entenda como funcionam estes dois modelos de negócio.

Centrão de autoescolas: o que é?

Os proprietários de autoescolas estão se unindo, em diversos municípios, com o objetivo de reduzir custos e melhorar o atendimento à comunidade. Com isso, dão origem a um novo modelo de negócio: o denominado “centrão de autoescolas” ou simplesmente “centrão”.

O Centrão representa a unificação de autoescolas de uma mesma região para a aplicação da parte teórica exigida no processo de primeira habilitação, solução esta que promete reduzir custos e melhorar a qualidade do ensino. A inovação já conta com o apoio do Detran de alguns estados e tende a agilizar a fiscalização.

Dentre os benefícios dessa união, está a redução de custos com a manutenção de espaços físicos alugados para cumprir com as exigências do CONTRAN.

A dificuldade em fechar turmas em determinadas épocas, a quantidade mínima e máxima de alunos e o tamanho exigido para a sala de aula, por exemplo, deixam de ser um problema quando o desafio é dividido entre vários CFC’s.

Enquanto as autoescolas conseguem cortar custos, o aluno tende a ganhar com essa novidade, já que não precisa aguardar a formação de novas turmas para iniciar o curso de formação ou para repor aulas perdidas.

Qual a diferença entre Centrão e Cooperativa?

No Centrão de autoescolas, a infraestrutura requerida fica sob responsabilidade de um CNPJ existente, ou seja, de uma empresa já estabelecida na região. Normalmente o centrão fica responsável pela aplicação das aulas teóricas de todos os CFC’s parceiros.

Na cooperativa de autoescolas, é necessária a abertura de um novo CNPJ para o inicio das atividades onde serão compartilhados instrutores e veículos entre os CFC’s participantes.

Para constituir uma cooperativa é preciso discutir e aprovar o seu Estatuto, eleger os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal, providenciar a subscrição e integralização das quotas-partes de capital, lavrar a Ata da Assembleia, dentre outras ações.

 

Cooperativas e Centrões em funcionamento no Brasil

Os chamados “centrões” e as cooperativas de autoescolas já estão em funcionamento, exercendo atividades nos municípios onde estão situados. Veja alguns exemplos e diferenciais de cada modelo:

Em Feira de Santana, Bahia

O Centro de Formação de condutores (Centrão de autoescolas) de Feira de Santana, na Bahia, centraliza as aulas teóricas de 22 autoescolas da região. Os demais serviços continuam sob a responsabilidade de cada CFC.

Em reportagem para o Jornal Folha do Estado da Bahia, o diretor do Centrão de Feira de Santana, Alanio de Menezes, explica como funciona o modelo de negócio:

“O candidato se matricula na autoescola e de imediato é encaminhado para o centro, onde tem toda a preparação teórica para a realização da prova. Uma vez concluída esta parte, o candidato vai dar sequência com a parte prática na autoescola da sua preferência”.

Em Catalão, Goiás

A CODAEC – Cooperativa das Auto Escolas de Catalão, em Goiás, é um exemplo de associação que reúne os CFC’s da cidade, oferecendo serviços como: curso teórico, aulas no simulador, pista interna para aulas práticas, dentre outros.

Em Uberaba, Minas Gerais

O Centro Avançado em Legislação de Trânsito de Uberaba, em Minas Gerais, reúne alunos de autoescolas da cidade para aplicação do conteúdo teórico.

Ainda em Uberaba, segundo reportagem do Jornal da Manhã, está sendo constituída uma cooperativa de autoescolas que pretende compartilhar veículos entre os CFC’s para a realização de aulas práticas.

“Nós queremos diminuir a quantidade de carros. Para cada veículo vamos utilizar dois instrutores. Um vai começar cedo e trabalhar até as 13h e o outro vai até as 20h”, explica Paulo Alexandre, empresário envolvido na implantação da proposta.

Com fica a gestão do Centrão ou Cooperativa?

A responsabilidade pelo agendamento de aulas, resultados de exames, gestão financeira com controle rígido do fluxo de caixa do centrão de autoescolas ou cooperativa demanda mais atenção.

A equação é simples: quando várias autoescolas se reúnem, é como se surgisse um “CFC gigante” com centenas de alunos e processos diferentes para administrar. Além disso, passam a existir dezenas de sócios para prestar contas do negócio.

Diante dessa nova realidade, os gestores de um centrão ou cooperativa não podem ficar à mercê de planilhas ou sistemas simplificados. O risco de desorganização, perda de prazos e falta de controle financeiro coloca em perigo todos os esforços dessa inovação.

Atento às inovações do setor, o GestorCFC ganha destaque como a ferramenta mais viável e procurada pelos gestores de centrões e cooperativas de autoescolas. Tanto pelas ferramentas completas de gestão, quanto pela reconhecida estabilidade do sistema e agilidade do suporte, que está sempre à disposição.

Se você acredita que formar uma cooperativa ou centrão de autoescolas é uma solução adequada para a sua realidade atual, já deu o primeiro passo ao se informar sobre o assunto por aqui.

Para ir mais a fundo na questão, inclusive a respeito da documentação necessária, recomendamos procurar mais informações junto ao sindicato de autoescolas e verificar se o Detran do seu estado já aprova essa inovação.

Também é importante procurar uma entidade representativa do Cooperativismo, como o Sistema OCB da sua região, por exemplo, para descobrir como criar uma cooperativa de autoescolas.

E então, você já conhece algum centrão na sua região? Ficou com alguma duvida sobre esse assunto? Deixe um comentário!